sexta-feira, 10 de abril de 2009

Chuva

Água que escorre pelo corpo
e revelando formas suavente,
amassa roupas num colar resfriado.
Sente-se o tinlintar da água no nariz,
o doce sem sabor na boca.
Cheiros intensos mas distraídos pelo toque,v
endo-se sujidades a serem dissipadas numa poça.
Sente-se a inércia que não nos larga,
só nos silencia,
só nos dá o corpo ao nada.
Toca-se o alto risco, aquele que não se vê,
o que se teme sem se saber.
Lavando as mágoas,
dissipando emoções,
exonerando tempos perdidos,
memórias loucas
e pesadelos vincados em qualquer água que se vê.

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