domingo, 5 de abril de 2009

Talvez o amor

“As pessoas procuram o amor como solução para todos os seus problemas quando, na realidade, o amor é a recompensa por você ter resolvido os seus problemas." Norman Mailer

Achamos sempre que o amor é algo que se procura. Procuramos o amor nos bares, na Internet, no metro... Procuramos o amor como se fosse o jogo do procura/encontra.

Achamos que ele deve estar por ali. Quase que sentimos o seu cheiro e precisamos apenas descobri-lo e agarrá-lo o mais rápido possível. Pois "só o amor traz felicidade".

Mas o amor não é um medicamento! Se estamos deprimidos e ansiosos demais, o amor não se aproximará e, caso o faça, faz com que as nossas expectativas saiam frustradas. Tão somente porque o amor quer ser recebido com saúde e leveza. O amor não suporta a ideia de ser ingerido de 4 em 4 horas, como se fosse um remédio para combater as bactérias da solidão e da falta de auto-estima.

O amor gosta das pessoas que tratam bem de si mesmas.

O amor, não tem de vir antes de tudo: antes da estabilização profissional, antes de se viajar pelo mundo, de curtir a vida, etc. Ele não nos dá garantias de que, a partir do seu aparecimento tudo resultará melhor!

No fundo, queremos o amor como pré requisito para o sucesso nos outros sectores quando, na verdade, o amor espera primeiro que estejamos felizes para então nos aparecer sem máscaras. É essa a condição.

Ser feliz é uma exigência razoável e não é assim uma tarefa tão complicada se formos a ver... Felizes são todos aqueles que aprendem a administrar os seus conflitos, que aceitam as suas oscilações de humor, que dão o melhor de si e não se auto flagelam por causa dos erros que cometem.
Talvez felicidade seja serenidade. Não tem nada a ver com dinheiro, carros, férias geniais e muito menos com príncipes ou princesas encantados.

Talvez o amor seja o prémio para quem relaxa

2 comentários:

  1. O amor encontra-se quando dele não estamos à espera. Sem "forças", sem pressões, sem porquês. O amor encontra-se quando tudo o que nos rodeia brilha e faz sentido. Sim, talvez o amor seja o prémio para quem relaxa...

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